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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

SPFW, outono/inverno 2010 - 5º dia

Gente, confesso que já estou um pouco cansadinha de postar sobre o SPFW, mas não achei legal deixar o blog incompleto, ainda mais que faltam apenas dois dias de desfiles para serem analisados e comentados. Por isso, hoje retorno à atividade para deixar vocês sabendo de tudo, tudinho mesmo.

Vejam o penúltimo dia de desfiles do São Paulo Fashion Week,

1. Lino Villaventura: apresentou uma coleção inspirada em pássaros, mas por se tratar de uma coleção de inverno, os pássaros eram escuros, cinzentos, obscuros. O primeiro look assustou, parecia um abutre, um corvo, bem forte, agressivo. Aos poucos o escuro foi tornando-se singelo, as penas e plumas ganharam levezas e os bordados deram ao pássaro negro e temido, um ar de pássaro sagrado, para poucos verem. Vieram também os chapéus de bico, que abriu uma série de chapelaria linda, do próprio Lino. No lugar dos vestidos românticos ou do luxo oriental, Lino mostrou que ama modelagem torta, assimétrica, de costas à mostra. Os sapatos, cobertos de todos os bordados que se ausentaram das roupas também deram um show à parte.




2. Néon: apresentou uma coleção que não decepcionou. As mulheres Néon chegaram menos coloridas, mas estavam lindas com suas bocas vermelhas, seus cabelos brilhando e seus trejeitos de granphynas. Algumas roupas novas eram muito bonitas e outras, apenas coloridas (como a capa de lã amarelona). Para o dia-a-dia a escolha foram as blusas de seda usadas com calças de alfaiataria e botas altas por fora, ou então, vestidos curtos confortáveis, como o roxo bem godê. O grande achado foram os casaquetos feitos com o trabalho artesanal típico dos índios panamenhos. Eles são recortes de tecidos coloridos que formam desenhos parecidos com estampas quando vistos de longe e de perto causam um efeito sensacional. O que torna as mulheres Néon adoráveis é que elas têm um enorme senso de humor e, uma vez que entram na brincadeira, vão até o fim inventando uma festa na floresta para convidar os amigos e para usar as mais loucas fantasias de tucano, coruja, urso, arraia e elefante que fizeram a plateia aplaudir e se divertir com elas. Achei o máximo o vestido coruja, maravilhoso, um espetáculo.





3. Alexandre Herchcovitch (masc.): apresentou uma coleção forte, tensa com homens dark, macabros, caveiras e, vamos combinar, assustou, deu medo, mas olhando com calma para as peças e esquecendo o clima tenso de medo e pânico, podemos dizer que Alexandre Herchcovitch foi mais Alexandre aqui no masculino do que na Rosa Chá e na sua própria coleção Feminina. A inspiração veio do filme medieval de Ingmar Bergman, O sétimo selo. Dark e pesado, o desfile veio contraponto com a última temporada, que somada a esta dá a exata medida do Alexandre atual.




4. Wilson Ranieri: apresentou uma coleção com a modelagem, moulage de sempre com a elegância típica de Ranieri e seu estilo próprio. As mulheres continuaram lindas, elegantes, leves mas pouco inovadoras. Faltou um cuidado maior com a produção, talvez alguns acessórios dessem conta do recado. Apesar de simples, tava bonita.


5. Jefferson Kulig: apresentou uma coleção que buscou novos materiais e novas tecnologias. Talvez esse seja o erro, alguns designers esquecem de que as pesssoas querem vestir roupas, não conceitos.


6. OEstudio: apresentou uma coleção com vídeo interativo e Wii incluídos. A coleção foi mostrada em vídeo, num big telão aparecendo roupas feitas de lã xadrez, malha de estampa fluo e veludo verde. Enfim, não tinham modelos, não tinham roupas... Não vejo nenhuma vantagem nisso.


Fotos: ofashionista

E assim termina o quinto dia de desfiles do São Paulo Fashion Week. Em breve, o resumo do sexto e último dia do evento mais conhecido da moda brasileira.

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